quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Olhos pardos...

Belo moreno que me tira dos enredos.
Pele morena que quero morder com carinho.
Argila de bronze que me enrosca o corpo todo.
Anjo de carne que assegura o vôo.

Segura teu premio, meu êxtase.
                                        Pega-me  como troféu das batalhas incansáveis.
Suja minha roupa com tua água benta.
Descobre o que quero lendo minha postura.

Pardo que colore os olhos gateados.
Rosto de dor esquecida pelo acaso.
Gosto de incerteza do itinerário.
Castanho olhar da noite que me cobre.

Prova do meu inesgotável louvor.
Sinta-me de uma maneira incomum.
Diferencia-te de mim.
Procura-me e acha-me em teus braços.

Marcante traçado de forma humana.
Doce impureza que me toma de semelhança.
Garoto que cresceu sem ter sido criança.
Tão caro como ouro ou mirra.

Faz-me mais mulher pra ti.
Traz-me a indolência de querer-te bem junto.
Afoga-te em meus seios de paixão.
Leva-me ao teu esconderijo sem dizer-me aonde iremos.





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