segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Sonhos meus...

Eu sonhei tanto em uma noite que se esvaia pelas goteiras de chuva.
Eu sei que tivera sonhos ilustres de pérolas negras, sonhos de cor de bronze me bronzeando.
Triste fora o momento em que despertei, o instante em que perdi o ritmo da clarividência.
Quis eu chorar por recordar-me apenas do ilusório, o que não me levaria ao desejo de erguer-me.
Tantos sonhos, uns belos, outros dolorosos, não me deixam descansar a paciência.
Queria eu ser menos impulsiva diante das noites escuras que tanto me revelam projeções interrompidas pelo esquecimento.
Eu sonho tanto... e tanto eu deixo de sonhar que a um passo de estar acordada eu me remeto a falha mental.
Quero eu meus sonhos de volta.
Quero eu minhas viagens astrais.
Meus passos num mundo extraordinário.
Minhas pegadas diante do impasse do corpo adormecido.
Preciso lembrá-los, recordar os rostos que conheci, as palavras que ecoaram durante esses tantos desprendimentos.
Alessandra Silveira

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A Brisa da Estação


Neste outono os sóis estão mais harmônicos.
E suas folhas secas ficam quietas no leito do chão.
Porque você lembrou.
O inverno está por vir e o calor permanece.
E suas chuvas vêm só pra dizer que as nuvens escuras se afastam.
Porque você notou.
Este outono já está indo mais pleno de esperança.
As suas árvores se renovarão tranquilas.
Porque você voltou.
E me trará o inverno mais florido.
E seu frio me acalentará enquanto você ficar.