terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


Te procurei neste instante
Onde minhas vagas sensações de desamparo se destacam
Não te encontrei
Nem aqui dentro, nem ali fora, onde costumas dormir a noite clara
Eu estava soberba diante de meu reino
E você parada, fingindo me emoldurar em quadro de mármore
Te procurei nas vielas
De onde saiam as encostas de minhas costelas
Não estava ali
Não estava nem no fundo escuro do meu suspiro
Te deixei então
Onde deixaria tudo o que me transmite indiferença
Na fresta da janela quebrada pelo vento cortante dos velhos invernos
No horizonte firme da montanha que não escalei
Te deixei lá, intacta
Como o vidro frágil que trincara ao brinde mais próspero
Te deixei lá para voltar a te procurar

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012


Talvez um dos meus maiores erros seja falar demais.
Falar sobre as coisas que eu sinto.
Expor os sentimentos meus, achando que aquele é o ultimo momento, querendo fazer a diferença no viver do próximo.
As pessoas não querem isso.
Elas não querem que você seja meigo, compreensível e calmo.
Elas tratam isso como ingenuidade, fraqueza e demência.
Elas esperam “atitude”.
Querem que você sinta, mas não fale sobre isso.
Que entenda, mas demonstre tranqüilidade, e que, se possível, até minta, pra deixar de ser tão “agradável”.
Digo isso por que sei que muitos consideram a simpatia, uma falta de personalidade.
Pensam que um sorriso, ou um bom dia na página do seu perfilvirtual, é um esforço para chamar atenção.
Isso porque a vida lhes parece cruel.
Parece-lhes um desafio, onde é quase impossível diagnosticar quem realmente está sendo verdadeiro.
Faço o que então, comigo mesma?
Se mudar, deixo de ser autentica. Se continuar, permanecerei parecendo boba.
Pessoas difíceis de conquistar...